Meia-Escuridão
não precisas andar nessas ruas
de calçadas vazias e cheias de medo,
buscando o prazer momentâneo
nas casas de luz néon,
que só acendem ao tilintar
do metal, e que depois te
sufocam a um eterno andar
sem janelas.
ouça o rascunho
dos versos que
nascem nesta
meia-escuridão:
"querido amado:
o tempo passou sim,
e nos levou
de lá prá cá,
de cá prá lá."
deixando a letra torta,
a voz controlada e os braços
que fazem versos, cansados
e sem estopim.
mas, tua esperança de flor
perfumada, não é vã, e tua vida
não é feita de terra árida
e sem frutos,
pois outrora morta,
- sua querida e amada -,
está viva.
e mesmo que não veja
todos os dias a aurora
do sol;
- eu sei e sinto
em minha alma,
o toque do sol,
a luz da estrela-mor -,
estou viva !
e ainda sei plantar
rosas no meu doce
jardim e continuo guardando
nosso amor com feixes
de felicidade !
Maria
Enviado por Maria em 05/06/2011