Maria
Prosa e Poesia
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Fogo Bento
Não existe azar no amor.
Quem ama de verdade, ama.
E com toda intensidade do ser.

Se ama um homem ou uma mulher
dos ventos, se ama um sol,
uma lua ou uma estrela,
não está fadado ao azar.

Pode amar e deveria saber que
poucos tem esse privilégio: amar.

No amar, com certeza, dói muito
receber só despeços.
E que alma não conhece essa dor?
Ela é tão comum na folhinha
do calendário dos enamorados.

Aí, conceder perdão é fácil,
difícil é deixar mudar o jeito
de ser para não caminhar
as mesmas estradas de dor.

Mas, o amor sempre volta.
O amor eterno, não morre
e não desaparece
nas dobras do tempo.

Ele volta, pois:

O horizonte afogueado é o mesmo.
A esquina a ser dobrada, continua lá,
à espera de quem diz
que vive de lascas
de madeira improdutiva ou
é estandarte dos solitários
e não tem nascentes,
nem distintivo de nação.

O amor volta sim.
À espera de quem construa as pontes
para atravessar os cheios de ternura
e os contrários às despedidas
e marcar as bordas desse amor,
com o fogo bento da eterna vida.
Maria
Enviado por Maria em 05/06/2011
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