Olho os campos que se distendem em minha alma e vislumbro o fogo que arde em meu espírito. Será das chamas deste fogo que brota a minha força de vontade, a confiança, a vontade de viver? Será que este fogo, capaz de me levantar por cima da dor e do medo, derreteria o aço mais enrijecido e irredutível? Seria esse fogo ardente de vida, capaz de fazer minha vontade de viver cintilar como lagos montanheses, derrubar as muralhas construídas somente para me afastar do meu verdadeiro lugar? O sopro dos ventos de esperança sobre o meu rosto são como uma carícia. A esperança me perturba a alma a ponto de chorar. As lágrimas descem em dois fios pela face. Como seria bom eu também chegar ao alto da montanha azul que as asas dos meus sonhos já alcançam...