Devagar, caminha entre as estrelas. A palidez que resplande de suas pontas iluminadas, a lhe cegar os olhos. Cerra as pálpebras como numa oração. Vislumbra os sonhos que sua alma alcança e retorna o olhar para a realidade que pisa os seus pés: ergue os olhos para os sonhos - o sol faz arco-íris de suas lágrimas. Continua a caminhar. Caminha solitária, mas com o coração enternecido de luz e a alma cheia de sua presença entre as estrelas. Toca suas vozes com a mão. Deixa-se inebriar pela beleza das canções. Trilha sua estrada entre as estrelas. Seus pés ardem no macadame que cobre a terra amadurecida de dor. Para! Pensa! Não, nunca será uma. Porque seus olhos choram lágrimas de verdade e seu coração é perpassado pela luz que flui de seus lábios. Lágrimas que o sol transforma numa manhã de inverno, em um arco-íris de paz.