Embaraçada Pelo Tempo
Espreito o tempo. Ainda é hoje. Quando virá o amanhã? Aguardo! Espero sempre, como sempre esperei. Uma eternidade de esperas, de um amanhã que nunca virá. Não consigo nunca alcançá-lo. Vivo no passado, no hoje do ontem. Nem lembro mais do minuto que passou. Parecia-me uma eternidade e no entanto, já se foi. Assim, rápido, como um adeus sem voz, um adeus silencioso, que nunca foi dito. O amanhã já ficou no passado, como todas as vozes? Então por que falo? Por que não me calo? Se não há mais um coração a ouvir? Tenho a impressão de que voltei para algum lugar. Seria outra vez para um ponto de partida? Ou voltei para o início do meu Fim?
Maria
Enviado por Maria em 31/08/2011
Alterado em 31/08/2011