Maria
Prosa e Poesia
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Jogo de Azar
E se não jogo
o jogo da vida,
não é porque ache
que não possa,
mas, porque tenho horror
a jogos de azar.

Para mim qualquer jogo de azar
é um roleta russa
apontada para minha
própria cabeça,
assim como esse caminho
que continuo a trilhar,
que sei, dará outra vez,
em caminho de morte.

Até que se passem
todas as gerações,
a lua, a terra e o mar,
e chegue a vez
do pássaro azul,
que talvez até lá,
já nem mais vivo esteja,
ou já envelhecido,
já nem sirva mais
para nada.

Tal qual bagaço de cana,
que se sorve o suco
e depois se joga no entulho,
poderá se tornar sua vida,
quando enfim chegar
a hora da partida.

E tomara essa partida,
não seja a do par
que almeja encontrar um dia
no paraíso dos jardins.
Maria
Enviado por Maria em 16/12/2006
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