Maria
Prosa e Poesia
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Doce Memorial
não vejo raridade alguma
em uma mulher
dizer que tem medo,
de não encontrar
a parte sua que se perdeu
nos caminhos do sol,
que em seu colo de luz
para sempre a acolheu.

ela procura,
na mesa das festas
de hoje e amanhã,
no banquete dos príncipes,
onde achará o licor
da vida, os braços
feitos de cor e calor
que todos dias busca
para sua alma aquecer.

e o amargo deste prato,
é doce nas lembranças
de ontem, onde -
algumas porções -
o tempo ingrato
de histórias de amor,
tratou de comer.

mas o encontro se dá,
na história e sua memória,
na mesa dos esquecidos,
na festa dos desmedidos,
no brilhar as cores da flor,
no nascer do sol que
ilumina a canção.

o prato amargo, amarguíssimo,
de rara beleza poética,
é uma das pequenas
porções desta história
degustada hoje por todos,
nessas letras,
e por mim, com ternura,
guardadas no doce
memorial do coração...
Maria
Enviado por Maria em 07/09/2011
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