Maria
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A Sina do Poeta
Do outro lado do fim do meu mundo, bem acima da linha do equador, numa madrugada que já caminha para a despedida, encontro, absorto em dois lados, o amigo poeta. De um lado homem, de outro poeta. De um lado real, de outro disfarce. Dizendo que o mundo que lhe inspira parece não saber o que é necessidade. Lamentando que o mundo que lhe inspira vê o amor como uma fórmula mágica de viver... Ora! E que é mais mágico e tanto mais real e necessário do que unicamente o desejo de um coração de amar e ser amado? O amor É uma necessidade, e isso não precisamos saber - sentimos! E o desamor de quem ama - esse desamor - não existe. O que existe é o medo e a coragem de assumir que se ama. Porque um coração que ama de verdade, não abre os olhos para o desamor, assim como não consegue fechá-los para a ausência dele. Mas, se há desamor - não há amor. E se alguém um dia ao poeta disser que não ama mais - nem chore, nem lamente com ele, a dor mentirosa - esse alguém nunca amou de verdade. Lembrando que amanhã é muito tarde para viver o hoje. E o ontem... frequentemente foi uma despedida! Caminha como eu, no passado, arrastando a longa e penosa cauda de nossas histórias, o álbum de nossas memórias, o extrato de nosso ser, o resumo de nossas experiências - que não se apagam jamais -. E que o poeta, esse homem poeta,  nunca deixe de falar do amor, mesmo que não veja mais as flores. Porque ao poeta, como a mim - ainda aprendiz, é dado a mágica de ver e sentir o mundo. E, a esse mundo, os seus sentires, em palavras traduzir.
Maria
Enviado por Maria em 03/10/2011
Alterado em 03/10/2011
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