Maria
Prosa e Poesia
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100 Esperanças
E, me perco no seio do tempo. Já não sei mais contar os dias e no entanto conto cada segundo que nada ouço, nada vejo, e sinto demais. Ando caminhos, plantando em nenhuma de minhas terras. Já as abandonei às quiçassas, pra sempre. Aguardam minha volta. Arrumei a mala, preparei meu retorno, que não sei. Um dia talvez se dará, porque ninguém foge prá sempre. Mas, nunca ninguém notou, ninguém reclamou minha ausência. Nem o "Poeta da Antiguidade" de mim mais alguma vez, se lembrou. Continuo andando, descalça, nas terras dele. Percorro em silêncio as trilhas que fez e depois, mergulho minha alma nas águas que me descem cachoeiras de sentimentos. Assim, ando carregada de cem esperanças. Pareço um trem de carga que só recolhe vagões e mais vagões, recheados de bandeiras verdes a flamularem sobre os ventos do tempo. Só que... olho, olho, nada vejo, só ouço: silêncio!
Maria
Enviado por Maria em 16/10/2011
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