Para Sempre
Lá fora, a lua estampava-se no céu, qual finíssimo anel de prata.
Estrelas brilhavam indiferentes aos seus sonhos. O mundo continuava a girar como sempre.
Mas, o coração não se guiava pelo raciocínio do tempo. O coração tinha mapas, outros caminhos, que a mente ignorava.
A emoção era indescritível!
Lembrou de um poema que anotou numa velha agenda:
"Quando você me conheceu,
eu era uma menina,
que andava com medo,
assustada, em meio
a tantos estranhos
do universo de luzes".
Mas hoje, tanto tempo depois, a intensidade e a complexidade do que sentia não era de uma menina, mas de uma mulher.
Embora o coração permanecia vulnerável como o de uma criança. A ponto de destrambelhar e descompassar ao sentir - em sonhos - o longo e terno abraço e ouvir o balbuciar dos lábios trêmulos de amor:
- Minha Para Sempre!
Maria
Enviado por Maria em 19/10/2011