Uma manhã nasce onerosa de perguntas sem respostas. Os olhos não conseguem ver para além da neblina que a tudo esconde. É como se um grosso véu caísse por sobre as pálpebras escondendo a vida em seu interior. Os telhados da alma se mostram nebulosos e distantes. Então, em algum canto verbenam pétalas de flores e folhas douradas de sol. E, na montanha abraçada pela névoa, se faz a alegria na manhã.  E brotam pensamentos. Na pedra, um ser, contemplativo, olha a flor dourada de amor. A reflexão faz parte da vida. Nasce das incógnitas e se enreda nos mistérios do dia. Como os doces sentimentos, que espiam das janelas da alma, enquanto a manhã nasce onerosa de perguntas sem respostas...