Por que cruzas as mãos e pensas tão solitário ? Por acaso nasce o homem sozinho ? Qual ! Ele nasce nos braços de uma mulher. E para os braços doces de outra vai viver. É só erguer os olhos para infinito. Ele guarda horizontes de possibilidades. Mas, no que pensas tão calado ? Na floresta vestida de verde ? Ou, voas pela névoa que encobre teus costados ? Um mundo se esconde nessa neblina morosa que segue à tua presença. As copas das árvores alcançam o céu nessa hora. E tudo se mistura, se embute numa massa nebulosa. Um mistério a ser desvendado mas que há séculos perdura. E a flor dourada se deixa levar nessa viagem, enquanto um hibisco tremula ao sol da manhã. É um toque de luz a invadir a alma de olhos neblinados de saudade...