Alma Sedenta
As coisas do espírito não flutuam na superfície do mar da vida. Só mergulhando no mais profundo abismo interior para que esse vislumbre aconteça. Por isso faz-se necessário migrar para dentro de nós mesmos para conhecer quem somos, o que somos e nos reconhecermos em nós, no outro e na sua presença em nossa vida. Procuramos no outro o que não encontramos em nós. E só podemos ver a beleza do espírito ao olharmos, pela luz, para dentro do poço escuro e profundo. Pois a beleza das coisas não está na casca que se pode ver e tocar. A verdadeira beleza do espírito mora lá dentro. No fundo do fundo da alma. E é o espelho do outro em nós, na nossa vida, em nosso mundinho. Por isso nasci, fui descoberta e tornei-me aprendiz de ti. Bebo em tuas fontes fundas e de águas cristalinas. Sabedoria e luz que brotam do interior de tua alma. Por isso, não aponte os dedos me indicando o caminho. Siga à minha frente, deixe pegadas visíveis, que eu possa compreender e saberei por onde caminhar minhas mãos sedentas de luz... As coisas do espírito não flutuam na superfície do mar da vida...
Maria
Enviado por Maria em 22/02/2012
Alterado em 22/02/2012