O Silêncio do Poeta
A liberdade são dois passarinhos amarelos, olhando nos olhos por entre os galhos secos da floresta de luz. Por causa dela é que a vida é assim: picada de mosquitos e vestida de arranhões. Por isso, o choro vem com muita facilidade. Mas, depois do surgir do sol, a calmaria chega. E os fios de lágrimas formam pingentes diamantados de luz. Mesmo não compreendendo, os telhados molhados, as chaminés escorridas se calam diante de tanta beleza. Silêncio! Sem palavras. Olha, escuta, podes ouvir? Terra e céu se aproximam de mansinho. Surgindo da escuridão, a flor dourada tremula ternuras na manhã. Em silêncio, o poeta espera... o primeiro canto de amor... Lua roça a montanha!
Maria
Enviado por Maria em 06/03/2012
Alterado em 06/03/2012