Riscados do Céu
E até hoje sou assim. Um rubro gerânio, despetalando versos e rabiscos interiores. Não me atropelo com os carros da estrada, nem olho o retrovisor para ver minha imagem refletida na lâmina prateada. Sei que estou lá. Feridas nos cabisbaixos olhos, alimentando-me da ração que me entregam num prato de louça branca, enquanto me esparramo, olhos brilhantes e sonhos nas mãos, em listradas almofadas azuis de esperança. Sou flor de quatro estações, e quando o sol me sorri, alcanço os riscados do céu, com minha alma navegante de luz...
Maria
Enviado por Maria em 07/03/2012
Alterado em 08/03/2012