O gato no telhado II
A saudade arranha
o coração
com garras
vermelhas de solidão,
trazendo lembranças
de tempos idos,
tempestades,
arco-íris, texturas,
com carros
e carruagens
embrulhados
em seu próprio caos,
caos de saudade,
na quietude
das sinaleiras
solitárias,
da montanha
abraçada pela névoa,
na conversa
no domingo de manhã,
no homem que vai
virando passado,
nas texturas
da vida de alguém,
a alma do poeta
que precisa todo dia
de um cantinho preferido,
para esclarecer dúvidas
e levantar perguntas,
de como pode,
uma estrelinha do céu,
descer à terra,
para viver,
uma flor dourada
e cair na teia
de um gato
sobre o telhado...
Maria
Enviado por Maria em 23/01/2007