Voz de Nuvem
Em meio a aragem, de copas vermelhas e amarelas, as palavras se atrevem... e ao mesmo tempo... se calam. É o medo de semear pegadas na hora anterior. Tantas gerações de rastros já se perderam da multidão. A timidez não cala. Faz iniciante, a alma ancestral... que caminha sobre os telhados, mãos estendidas. Mas não alcança mais a florada de versos. Em meio a aragem... as palavras se atrevem. E as mãos tecem o poema em voz de nuvem...
Maria
Enviado por Maria em 22/03/2012