Maria
Prosa e Poesia
Capa Textos Fotos Livro de Visitas Contato
Textos
A Dor do Tempo
Ouça a dor do tempo que foge por entre os dedos da ampulheta. É como o frio que conversa lá fora. Na madrugada sentiremos seu açoite e ouviremos sua fome de amanhãs. As horas são como mechas de algodão nos braços estendidos em todas as direções. Vem o vento e as plumas rolam pelo ar em busca de pouso. Como o rio que manso percorre os seixos em busca do mar. Não descansa na varanda de paredes brancas e janelas azuis e nem escorre em telhados de barro ou florestas nebulosas de esperas. Lépido avança pelas páginas apagadas do calendário da parede. Ouça a dor do tempo que foge por entre os dedos da ampulheta... É como o frio que conversa lá fora. Na madrugada sentiremos seu açoite e ouviremos sua fome de amanhãs...
Maria
Enviado por Maria em 02/04/2012
Comentários