Maria
Prosa e Poesia
Capa Textos E-books Fotos Livro de Visitas
Textos
Mulher que ama
De repente o coração
da gente bate desenfreado.

E não adianta
querer controlar.
Ele não pára.
Não quer parar.

É o amor.
Esse louco
e frenético amor,
que tira nossa paz,
agrura lugares
bem pertinho do nada,
do abismo e do vazio
quando não é correspondido.

Quando por descuido
do destino se entrega
a um coração de aço,
aí, fica condenado,
preso, engaiolado,
encurralado no espaço
de uma única mão,
sem perdão.

Ah, coração apaixonado,
faz bobagem,
bobagem pouca,

se amassa,
amarrota,
enlouquece,
cruza estradas,
dobra esquinas,
avenidas, ruas,
vielas, montanhas,
atravessa cânions
e voa alado até o Japão,
China, Toronto, Milão,
Budapeste, Zurique,
ou quem sabe Brasília,
São Paulo, ou Rio,
para ver se lá encontra
o amado, o coração irmão,

mas tudo sofre,
pois sempre existe
uma mulher que ama,
com a triste sina,
de amar,
sem ser amada,

morrer de morte matada,
sem bala,
sem marca,
sem fala,
em silêncio,
pelo malvado vento norte,
que num só desbote,
acaba com ela no trote,
deixando-a assustada,
vivendo amedrontada,
e sempre jurada de morte.
Maria
Enviado por Maria em 27/01/2007
Comentários