Fim da Estrada
Nossa vida é única, irrepetível. Por isso, quero chegar ao fim da estrada descobrindo que vivi. Quero abrir fronteiras – minhas fronteiras - sem entradas para suplícios e arrependimentos e com saídas para a libertação – a felicidade. A vida é um momento único – esse que vivemos, lá onde estamos, com quem somos, de coração aberto. Esse momento não volta mais e é lamentável que muitas vezes o perdemos, por vergonha, medo, insegurança, por pensar que é de menos, que não é suficiente. Viver cada momento como único que é, isso importa. Estar para a vida. Não somente ser. Não considerar somente a visão do outro, mas também a nossa, nossos sentimentos, pensamentos e emoções. Saber que aquilo que você leva é teu, aquilo que você não leva nunca o foi. É preciso questionar, perguntar, suspeitar... o que faço aqui ? Imagine sua ampulheta... Qual lado tem mais areia? Você já fez tudo o que gostaria de fazer? Você já realizou algo que sempre desejou realizar? Saiba que mesmo nos setenta anos de sonhos é possível ser feliz. Aspire a felicidade ! Não perca uma só gota. Respire o que deseja respirar. Aspire... O que é importante prá mim? Respire... aspire... pense... Cada um é um, por isso podemos fazer escolhas. Como disse alguém, a vida não é mãe. A vida é madrasta. Por isso é preciso saber se gerenciar, dizer sim, dizer não. Se as coisas ficam difíceis, talvez seja hora de soltar a corda, dar um coice no palanque que nos segurou por tanto tempo, aguçar as orelhas para ouvir melhor, sentir melhor, perceber melhor o mundo. Se a carga está muito pesada... talvez seja o momento de tirar um pouco de cima das costas... não tenha medo de aliviar o peso e se atirar para os braços do inusitado, para o extraordinário e o imensurável da vida que é a felicidade de um dia chegar ao fim da estrada... descobrindo... que... viveu...
Maria
Enviado por Maria em 10/04/2012
Alterado em 11/04/2012