Maria
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Campanário da Alma
Desliza calada a gôta de chuva. Como a dor de um poema rasgado, ou as horas num dia tristonho e vazio. Desliza calada a gôta... Como o som do campanário em dia fúnebre ou a voz do vento que passa na noite de inverno. Recostado na soleira da porta, triste, pensativo, o olhar se demora no telhado de barro... Cada telha vazia... a tábua da alma ou a página de um calendário do tempo. Que não diz mais os dias, mas conta os milênios em cada grão de areia da ampulheta. O tempo passa... sem esquivar-se do sofrimento. Como... como o tempo passou... deixando em cada estrada um depoimento de luz, um rastro de amor sem fim... uma saudade do que nunca teve, do que nunca realizou.. Ouça a alma que chora... desliza calada na gôta de chuva... como a dor de um poema rasgado, ou as horas num dia tristonho e vazio... desliza calada a gôta... como o som do campanário em dia fúnebre ou a voz do vento que passa...
Maria
Enviado por Maria em 12/05/2012
Alterado em 12/05/2012
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