É claro que isso tudo não importa mais. Falo de mim… mas quem quer saber? Já sabia que não devia ter começado com a primeira palavra. Já sabia que a necessidade não iria me deixar calar depois de ultrapassar a fronteira do silêncio. Por que não calei? Por que desnudar a alma, os pensamentos, as entranhas para um papel que só deseja comer linhas em branco? Não interessa o que chove aqui dentro. Que tola sou! Quero gritar ao mundo que mudei e continuo sendo a mesma maria de sempre. Continuo a construir atentados contra minha própria alma. Continuo sonhando com o impossível e me derretendo pelo que não consigo mais ver existir para fora de mim. Coitada de minha alma. Não aprende com as circunstâncias. Ela não enxerga as nuvens circundando a montanha. Não percebe as sombras que as mesmas causam sobre a terra. Só porque um pequeno e calado raio de sol brilha por sobre o céu… se ilumina em transbordos de emoção… Mas… é claro… isso talvez nem importe mais…