Carne Viva
No silêncio que se fez a esperança nasceu nas folhas de sol que se soltaram ao vento. Seus braços de degraus se estenderam em todas as direções. Não tocaram o céu porque não houve espaço para tal ousadia. Um quieto olhar se prende em caminhos de princesas e rainhas. Um dia a alma sonhou tamborilhar seus pés por estas estradas. Hoje, se contenta em apenas olhar. Depois, segue seu caminho como um lobo já cansado, mas, ainda em busca de suas procuras. Porque a estrada sempre tem placas amarelas que apontam para duas direções. Enquanto uns cruzam os braços nas portas dos bares, outros seguem algum rumo, mãos dadas com a vida. O chumaço embrumado de névoas oculta o caminho das torres, mas não o motivo pelo qual elas existem: Disparar raios de cor num coração faminto de luz. Sangram, em carne viva, algumas linhas de um pobre poema...
Maria
Enviado por Maria em 06/07/2012
Alterado em 06/07/2012