Cachos Maduros
A palma da mão desliza por sobre o quieto campo de palavras. São eivados de sonhos os trigais da alma. Um coração entregue ao denso e espiritual não se deixa abater por detalhes. Detalhes esses, que podem mudar a direção do vento mas não apagam a profundidade e a densidade do sentir. O silêncio nasceu e perdurou na colheita anual dos cachos maduros. Mas... votos de tempos de paz e felicidade são os campos amarelecidos deste trigal de sonhos que dança aos ventos do monastério interior... É neste refúgio que se lançam as sementes para os pés de sonhos trilharem sentimentos nos caminhos da terra e do sol... Dos desejos da alma e da colheita de sonhos, nasce o poema dos cachos maduros...
Maria
Enviado por Maria em 20/07/2012
Alterado em 20/07/2012