Vida de Varanda
Róseo, o sol brilha por entre os galhos, apontando caminhos para o andar de pés descalços. Não são meus, mas sigo por eles. Persevero e esse deve ser o meu erro. Pois que não foram mais desenhados para pés de nuvens. É para não deixar pegadas que ando no ar. Vasculhando memórias em que não estou. E, se são estranhas a mim, não sei. Sei que me sinto nelas. Por isso me vejo ali: vivendo de varanda, sonolentando almofadas lembranças de um dia que tantas e tantas vezes já tentei arrancar de mim...
Maria
Enviado por Maria em 29/10/2012