Quantas vezes nos deparamos com nossa alma em completo silêncio, inativa, perdida. Quantas vezes a alma se dobra em horas, no escuro, em completo silêncio, sentindo o cheiro das plantas, olhando o céu, ouvindo o borborinho da vida. Assim, bem assim: quietinha, experimentando o balançar das folhas, o hálito de sono das flores que se fecham, o tempo que se torna tocável, a imensidão do mundo que  faz ver nossa grandeza por ser alguém e nossa pequenez por estar ali, aprisionados a um lugar, a um tempo, uma época. Esses momentos de silêncio e reflexão nos fazem sentir parte do universo, mesmo na solidão do silêncio... Silenciar é falar consigo mesmo. Porque o silêncio nos leva prá dentro da alma... prá junto de nós mesmos, num silencioso diálogo com nossa própria alma!