Os Dedos do Tempo
O tempo. O tempo que passa, que fica, que vai... e deixa as marcas dos dedos em nosso corpo e nas entranhas da alma. Tenho conversado com ele. E ele me diz que, com o tempo, vai doer menos. Que as marcas da ferida vão ficar lá prá sempre, mas a ferida vai sarar e a dor vai passar.
Tem dias que estou bem. Tem dias que me afundo. Hoje eu fiquei pensando: será que é verdade? Não teria sido um sonho mau? Será que é verdade que nunca mais vou poder tocar seu rosto, dar um abraço, deitar em seu colo? Será que nunca mais vou poder ver seus olhos azuis, profundos, que não podiam ver, mas que não tiravam a visão da vida, da família, dos amigos de verdade? Será que nunca mais vou ouvir sua voz dizendo: te cuida, eu te amo? Então a realidade caiu tão dura, tão forte. E um nó pesado e dolorido cresceu dentro do peito. Agiganta, amarga a saudade. E em meio ao caos de dor, desce quieta a lágrima. Silenciosa e triste ela desce...
Maria
Enviado por Maria em 26/02/2013
Alterado em 27/02/2013