Despetalando o Poema
Sou feita da mesma rocha que ao longe percebo, cristalizando musgos e liquens sobre o chão da alma em reflexão. Por necessidade do Eterno meus braços se estendem ao céu, tal qual as torres se agigantam na mesma direção. Se me espias de longe, é possível ver espadas cortantes e folhas de duas cores, uma prá ir, outra prá voltar, escondidas entre os troncos interiores. Também há flores em minhas terras. Algumas sem foco, distorcendo visões, outras qual sinos que se dobram, despetalando o poema em todas as direções.
Maria
Enviado por Maria em 02/04/2013