Maria
Prosa e Poesia
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Olhos Amarelos
De um canto, quieta, espio o mundo. Se me olham, disfarço, faço de conta que não vejo e viro a face para que não percebam os olhos amarelos de perdão. Um flor, uma simples flor, caia bem nessa hora. Hora de conflitos interiores. Me espreitam de longe, olham os pés nus na calçada da vida. Me dão água na bacia de plástico, mas falta o pão para a alma sedenta de luz. Acendem luzes, distribuem flores, mas não se aproximam mais. Observam do alto, das suas janelas... Que desejam ver para além das bandeiras que se desfraldam ao vento nas manhãs? Apesar das feridas nos pés ainda acho possível a transmutação completa da lagarta em borboleta azul...
Maria
Enviado por Maria em 06/04/2013
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