Singularidades
E por entre as singularidades encobertas pelo tempo, descubro inquietudes da alma em constante reflexão. E se o pensamento parasse? Talvez pare e eu não perceba, porque a alma se veste em disfarces. E continuo achando que estou pensando, quando na verdade, o que penso é reflexo de um pensamento que já passou. Mas, não pode ser. Se assim o fosse, não suportaríamos a dor, pois ela se faria sempre de novo, como o reflexo no espelho. Eu, duas vezes, num único momento. Eu, olhando prá mim mesma, decifrando o imponderável e o improvável que me veste. Partícula imperfeita de inquietude tão ínclita a mim... que me desdobro num olhar investigativo, em busca do que ainda me está encoberto... E por entre as singularidades encobertas pelo tempo, descubro inquietudes da alma em constante reflexão.
Maria
Enviado por Maria em 16/09/2013
Alterado em 16/09/2013