Monólogo Interior
Talvez o ponto central das minhas palavras esteja nessa coisa da redescoberta. De fato, estou me redescobrindo e a convulsão de palavras que jorra do bojo da alma é prova contundente disso. Não foi assim quando me descobri há tantos milênios atrás? Foram universos de palavras que despencaram de uma só vez sobre quem me ouvia sem medo. Talvez seja essa a existência que se transforma - a minha. Também penso que o individualismo é a marca da solidão... E dela, a solidão, surge o medo de se estar só, mas, também a reflexão. Onde ouvi essas palavras? É na solidão, saudade e embaraço que as profundas reflexões vêm à tona... Talvez eu mesma as tenha dito. Sei que estão incrustadas em meu cerne se é que possuo um. Devo de ter, pois que meu ser é criado e amalgamado em algo mais do que osso e carne. Um dia o Eterno me soprou o folego da vida. É por isso que flutuo em tantas perguntas e reflexões. Virei ser vivente. Não posso falar da inteligência, porque não sei concebê-la em mim. mas me sei abatida por tantos raios de questionamentos a ponto de acordar essa sensibilidade que arde excessiva dentro do peito. Sim, estou me redescobrindo. E isto me causa medo, estranheza, dúvidas e questionamentos. Ao mesmo tempo a descoberta acende uma alegria até meio infantil, como se uma mágica tivesse sido feita e um novo mundo se descortinasse ali, diante das sandálias dos pés.
Maria
Enviado por Maria em 17/11/2013