Banco Solitário
Todas as noites,
num velho banco do jardim,
ficava olhando a lua a passear
pelo céu da minha terra.
Linda lua prateada.
Caminhava serena, cantando
lindas canções que um dia sabia,
somente à mim dedicadas.
Sabia que me olhava.
Sabia de seu cuidado
para iluminar meu caminho.
Percebia nas linhas
rabiscadas na janela do tempo,
que de mim sempre vai cuidar.
Deixava-me banhar
por sua luz mágica
e sem ela saber, deixava-me
carregar junto às suas asas
para o infinito da noite e do dia
que estava por vir.
Acalentada por sua luz, sorria
ao imaginar a surpresa alegre
que teria, se somente sussurrasse
em seus ouvidos, o que estava
a se passar em meu coração.
Maria
Enviado por Maria em 22/04/2007
Alterado em 22/04/2007