Maria
Prosa e Poesia
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Textos
Regato de Pedras Mortas
chove, mas como chove lá fora.
e chove aqui dentro também.
chove em meus olhos
e nada posso fazer
para conter a torrente de lágrimas.

qual regato que corre
por entre as pedras mortas,
o tempo se esvai e leva toda
a alegria e a esperança
de uma noite enluarada.

caminho só
pelo infinito do dia.

sol solitário a queimar
a alma de quem nele tocar
e a fenecer cada dia
em seu próprio brilho.

caminho dos andantes solitários
que nada tocam, nada vêem
e nada sentem.

torpor da alma.
morte em dor e lamentos
de gritos surdos e calados.

adeus!

já não sei mais ir,
nem voltar.

retenho apenas
a negra escuridão
do buraco negro
que se formou
no universo dos astros
dos quais sou o rei.

rei sem reinado
e sem rainha prateada...

e ali giro,
o giro da corda
que bamba o sol
e o descamba na noite
escura de morrer....
Maria
Enviado por Maria em 25/04/2007
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