Velejo de Comportas
A ponta dos dedos da alma tocam todas as superfícies e suas profundidades. Mergulham insanos na quietude de um coração outorgado de silêncios... Escrevem sonhos de velejos, cais e mares de distâncias cujos honorários são essas saudades doídas... Como posso ignorar o nível das barragens da alma e dormir o coração sem o abrir de minhas comportas? Ah! Se pudesse dizer o que nunca foi dito. Se conhecesse aquela palavra que pudesse num único e uivante rugido o todo de mim despencar? Não haveria mais porque me escravizar à esta torta escrita. Teria dito, em uma única palavra, toda profundidade que incrusta meus sentimentos, os meus pra dentro... meu interior, costurado de terra, céu e insano mar...
Maria
Enviado por Maria em 11/06/2014
Alterado em 11/06/2014