Maria
Prosa e Poesia
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Algum Lugar
E se em meio a sua caminhada seus pés tropeçarem pelos cascalhos da estrada... Lembre-se: só cai quem estava em pé. Só tropeça aquele cujos pés iam para algum lugar.

Penso que mesmo um lugar nenhum seja algum lugar... apesar de que talvez não seja aquele onde gostaríamos de estar. E, nem sempre o lugar onde gostaríamos de estar é o lugar em que seja possível nossos pés pisarem. É tão estranho assim? Penso que não.

É como aquela coisa de que nem sempre somos o que sonhamos ser, mas com certeza como somos depende também de nossos sonhos... Lembro de um tempo em que vivi nessa miragem de querer ser quem eu não era.

Quantas vezes quis ser a mulher que não sou? Queria ser aquela que inspirou as mais lindas palavras do poeta, que tocou profundamente sua alma e mexeu com seu espírito de forma tão plena e bela a ponto de seu coração criar belezas só em olhar, só em imaginar.

Quantas vezes quis ter a loquacidade de Vânia, a brejice e beleza de Manuela, a inteligência de Adriana. E tantas quantas vezes fui ao chão com meus sonhos impossíveis de alcançar.

Até que um dia me descobri em minha simplicidade de Maria. E descobri que quem eu era, era quem eu queria ser...

Penso em quantas pessoas andam pelo mundo pensando a mesma coisa. Desejando ter o que não possuem, aspirando ser quem não são. E se frustram dia após dia a ponto de desanimarem de viver...

Como queria poder dizer-lhes que a vida é a dádiva, o tesouro maior. E que viver é nosso maior prêmio. Como a gente é, com que é, com o coração aberto...
Maria
Enviado por Maria em 01/07/2014
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