As surpresas inesperadas do cotidiano da vida, nos amedrontam. Não sabemos como agir, qual caminho, entre tantos que se descortinam à nossa frente, seguir.

E sentimos medo para seguir em frente, principalmente quando aprendemos a contabilizar as perdas que a vida nos infringiu e quando nosso coração se derrama em saudades e lembranças dos que um dia estiveram ao nosso lado mas já partiram para a eternidade.

Acredito que nesse momento, sabedor de nossa fragilidade humana, Deus envia anjos (você pode chamar fantasmas eu chamo anjos) para nos impulsionar a seguir em frente em nossa caminhada de vida e nos cobrir de calor e amizade.

Não há que ter medo. O Senhor da Vida tem mãos firmes na condução de nossas estradas. É preciso apenas acreditar e confiar. Algo tão fácil e tão difícil ao mesmo tempo.

Como pode um pequeno passarinho confiar a outrem o seu voo em meio aos ventos tenebrosos de um furacão? São perguntas que nos fazemos quando temos medo de admitir que possa haver algo mais do que aquilo que sempre acreditamos ou não: uma mão que guia, um rosto que observa com cuidado, um coração que ama incondicionalmente apesar de nele não acreditarmos.

As respostas que buscamos já nos foram reveladas, mas aceitá-las nos amedronta. Saber-se necessário neste mundo louco atormenta a alma. Porque temos a tendência de sempre nos acharmos supérfluos ou com prazo de validade vencido.  

Acredite! Não há porque nos amedrontarmos.

Nossa existência é uma dádiva de amor que nos foi dada com um propósito.

E saber da existência desse propósito, descobrir que ainda somos necessários, nos faz ser responsáveis pela nossa vida e a vida ao redor, compromissados conosco mesmos e com o outro, o mundo e as coisas do mundo... ao mesmo tempo em que levanta diante de nossos pés horizontes de possibilidades...