Agastos de Silêncios
Doce e triste findar de um sol de braços abertos para o mundo. O coração solitário caminha por entre as pausas de dentro. Pisam notas que flutuam na retina da alma enquanto a poesia dança tímida na ponta dos dedos. Abro os cadeados da alma e quando a fresta se faz fogem sentimentos que, ali, presos jaziam. Podes não entender, mas, sou multidão de mim mesma dentro do peito. E quando falo, é porque uma de mim ousou aflorar por cima da cortina de fumaça que sustento erguida no mastro de todos os dias. Sei: já não conheço mais cantar como antigamente. Sei... por isso, me agasto de silêncios... Sim... a areia da ampulheta continua a fluir... e, o coração continua a me sussurrar sentimentos. Fecho os olhos... talvez a noite serene saudades...
Maria
Enviado por Maria em 13/07/2014
Alterado em 14/07/2014