Poema Infindo
Enquanto contemplava meus silêncios
o sabor das luzes tingia
minha íris de floresta...
Meus olhos veem num paralelo
de solitude e maturidade.
É o incandescer das coisas
que embocam-se aos pés
que voam infinitos...
Quantos celebrados
deixei de existir
quando o medo
transbordava?
Vivia de migalhas
e rasuras de mim mesma.
Agora...
asas abertas...
preparo o voo de profundezas.
É possível existir
sem transbordar palavras
num poema infindo?
Maria
Enviado por Maria em 07/08/2014