Ceifadura dos Silêncios
Não há como morrer terra sem
a ceifadura dos silêncios interiores.
Há que se calar a voz
das arranhaduras da alma
para que uma era se passe e se afogue
nos desertos de ventos fugazes.
Há que se calar a voz.
Para que as senhas da alma
não se revelem ao obscurecismo...
Há que se calar a voz do currió amarelo.
Há que se calar o seu canto...
para que se morra como terra...
na ceifadura dos silêncios interiores...
Maria
Enviado por Maria em 31/08/2014
Alterado em 31/08/2014