Não sei mensurar a mim mesma.
Mesmo se fosse em meio
a um delírio qualquer.
- Não, não sei....
Também não sei calcular
dimensões interiores.
Meus desassossegos não dormem.
Gritam das janelas fechadas.
Espiam por detrás dos vidros da alma.
Sei que aprendi a combater
o que me apequena... mas talvez...
quis mais de mim do que
me deveria ousar ser...
No entanto, se amanhã
me convier para sempre partir...
quero partir com olhos de sorriso,
como sempre vislumbrei viver...
Quero partir com a alma de certezas...
de que sempre fui o que pude ser.
Se isso foi pouco...
não me desespero mais.
Porque sempre fui eu...
mesmo sendo toda você!

...