Overdose de Palavras
Morri numa overdose de palavras... nas vagas e procelas de minhas esperas. No entanto, queria viver de sementes. De mãos que se debruçam sobre as feridas e curam a alma. Queria ser mar de bálsamos e belezas e fazer teu corpo delirar nos sussurros de meus anelos. Mas, morri numa overdose de palavras, nas vagas e procelas de minhas esperas... silenciou a voz de passarinho silvestre em meu peito. Já não há mais canto neste canto... não, não há. Só há poemas de noites invernais... de mares bravios sofridos pela indiferença e desamor... de vagas e procelas de esperas... Por isso, morri, numa overdose de palavras...
Maria
Enviado por Maria em 01/10/2014