Maria
Prosa e Poesia
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Textos
Seco Cinzel
As asas rotas se deleitam em cansaços enquanto “choro a solidão dos meus voos”... Ouves minhas cantilenas? Seus aromas de tristeza conseguem te alcançar? Tento animar a alma passarinho, mas, meu cinzel de palavras secou. Por isso, não se ouvirá mais o corpo do poema, nem as facetas da alma ou o escoar dos sentimentos em dor... Agora tenho a sede de desertos. Absorvo minhas próprias areias e o manto de secura se derrama em minhas planícies. Logo tudo será só o infinito. E não me verás mais. Nem ouvirás o som do meu voo de absurdos. Não mais. Porque agora sinto em mim tuas demoras... Não me deixaste decifrar-te. Não me decifrarás mais. Enterrei-me em meus voos. Não me será mais possível voltar à tona de mim...
Maria
Enviado por Maria em 04/10/2014
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