Asas de Tormenta
Sei de ti silencioso, agarrado em medos ancestrais, afogado em brumas de tuas próprias e vazias cisternas. Nem olhas mais a mão estendida. Viras a face ao altar de pétalas e relvas salpicadas de amor aos teus pés. Posso sentir no sibilo do vento, o grito de socorro de tuas asas atormentadas, derretidas as ceras de tuas penas, o voo solo não te dando a liberdade que lutavas... nem a alegria que pensavas ter. Agora andas, corpo inclinado, pássaro ferido pelas próprias decisões, flechado por saudades da prisão que fugiste e do desconhecido, rosa de amor, que te foi oferecido e que não quiseste aceitar...
Maria
Enviado por Maria em 06/10/2014
Alterado em 06/10/2014