Maria
Prosa e Poesia
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História Sem Fim
A mão segura o tosco cinzel. Risco meus afrescos na pedra do peito enquanto a alma mergulha em reflexões. Meu olhar se distancia pra contemplar minha obra. É nisso que agora está minha felicidade: contemplar as marcas que eu mesma me fiz e que ficarão pra sempre em minha alma. Nódoas que jamais serão arrancadas. Cicatrizes que eu mesma me fiz. Com o indômito de meu espírito, com o “gênio” esfacelador e destruidor de que sou formada. Agora não tem mais jeito. Tudo em mim esgotou-se. A força me abandonou e a luz fez as malas e partiu... acho que para sempre... Não vou seguir sozinha. Não, não vou... Acaso deixo herança? O que sobrou? Três velhos pergaminhos, últimos registros de uma história que nem fim teve...

Maria
Enviado por Maria em 09/10/2014
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