Amargo Prato
No entanto, não devia pensar. Pensar me atira na cara o que não quero ouvir e já sinto. Pra que martirizar os sonhos? Pra que jogar toda a penúria de meus dias sobre o que me alenta, o que me dá forças pra continuar adiante? Hoje sei que fui eu. Sei que estraguei tudo. Com meu gênio indômito, meu espírito fadado à autoatentados. Não soube calar a voz do peito. Não soube amainar angústias e ansiedades da alma. Coloquei tudo a perder. Desfruto, agora, o prato amargo do silêncio e da indiferença...
Maria
Enviado por Maria em 12/10/2014
Alterado em 12/10/2014