Rumbar de Poesia
O dia acorda tambores de poesia no ar. Seu rumbar me aponta o caminho dos teus olhos que, longíncuos, fitam os meus. Queria que te demorasses em meu olhar. Verias o que reverbera em mim, a flama de amor que me incendeia. Entenderias porque o paradeiro de minha alma é a tua e porque o frio do silêncio me queima. Sou ave cativa de tuas mãos. Meu lago interior se esparrama em tuas terras, na aragem úmida e quente de teus braços, na brandura e musicalidade de tua alma. É ali que me liberto, que rompo minhas amarras, que acordo meu coração empalidecido e a sombra silenciosa do medo ancestral que me tomava quando eu não sabia quem eu era... O dia acorda tambores de poesia no ar... Seu rumbar me aponta o caminho dos teus olhos...
Maria
Enviado por Maria em 25/10/2014
Alterado em 25/10/2014