Maria
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(Des) Avesso
E quando tua alma pisar na soleira da porta do meu coração e te deparares com o sentimento escrito nas paredes, vais compreender que meus caminhos são feitos de descaminhos. Meus encontros de desencontros. Que meus lados são de opostos, do avesso e (des)avesso de mim...

Vais entender que a voz que canto meu ser não veio invalidar o meu óbvio, desqualificar o meu certo ou desmoralizar o que mantra de fundamento, de terra e céu no túnel da alma.

Nesse instante de encontro com o que reverbera em mim, vais entender porque te entreguei a senha pro meu coração.

Mas, também vais encontrar meus tropeços, contemplar meus ocasos e sentir a veleidade que sou e que me beira aos precipícios profundos da vida...

Eu te peço... não se perca no breu dos abismos, nem se deixe prender nas asas aparadas e pássaros atormentados que tantas vezes me atravessam a barca do viver...

Erga o olhar para o ressoar das campanas interiores, para o verso que centelha o significado profundo do ser, a intimidade da alma, as paragens de um coração que nasceu vazio de mim, mas que, no dia em que se encontrou, compreendeu o porque daquele sentimento absurdo de sempre saudades de um coração inclinado de amor que em ti encontrou...
Maria
Enviado por Maria em 08/11/2014
Alterado em 08/11/2014
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