Maria
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Porto de Estrangeiros
É a incompreensão que ronda meu espírito. Faz explodir sentimentos que guardo vivos dentro de mim. No âmago do espírito se desenrola o improvável que luta para vir à tona. Um silêncio que cresce exigindo lugar. Não compreendo as cores de silêncio que se desenham na parede. Talvez sejam feitas para que eu não as possa compreender. É o inusitado que se esconde de mim, com asas que não se deixam aprisionar. Se fecham para minha vida como a boca de um túnel herado pelo tempo. Meu cais virou porto de estrangeiros… Que língua falam ? Não dizem. Não explicam lugar. Quem sabe chegou a hora de me calar. É a incompreensão dos sucessivos silêncios que ronda meu espírito...
Maria
Enviado por Maria em 23/11/2014
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