Charco Dilatado
Procuro, um planeta longíncuo que me acolha, uma nuvem onde as asas pousar... Caminho trilhas interiores e não vejo mais possibilidades. Em cada caminho uma parede. Em cada parede uma frase. Desenhos encravados. Lindas e meigas poesias de amor que ainda não se fizeram ser, agora terão de ser abandonadas com fervor, sonetos que nunca escrevi e enigmas que nunca foram lidos, em profusão... nunca sairão das profundezas... todos inocentes que ainda nem nasceram e já foram julgados, condenados e desprezados... Ninguém mais os quer. No balancete final, a soma de um mais um, deu zero, como se fosse uma subtração. Por isso... estou pensando em ir... me afundar no lodo, no charco dilatado e triste de meu próprio coração...
Maria
Enviado por Maria em 12/12/2014
Alterado em 12/12/2014