Alguma coisa em mim se quebrou. Me revolvo inteira a procura do que caiu e se partiu... quero ajuntar os cacos, mas não os encontro. Quero gritar o que me amarrou a alma à dor e não consigo. Eu mesma me travo, eu mesma me amarro a boca do coração, eu mesma me sufoco o vulcão de palavras... E eu sei.. quando fico assim, mesmo que o sentimento me rasgue os poros, mesmo que transborde, minha luta será para naufragar cada emoção... Eu tenho essa tendência. E fico aqui pensando e sentindo raiva até de mim e me dizendo: ninguém precisa saber o que me atravessa o espírito, ninguém precisa saber o que me dói no peito, ninguém quer "sentir" o que eu sinto. Mas... a esperança subtrai as amarguras da alma... E abre as cancelas dos sonhos e divagações... E se alguém for ninguém? E se alguém voltar... e dizer... que quer de novo "sentir... meus sentimentos"... nas palavras que ajunto do magma que se revolve quente no antro mais escondido do coração?...